03/05/2024

Publicação do Número 52 da Revista - O que nos faz pensar

Rio de Janeiro

É com alegria que comunicamos à comunidade acadêmica a publicação do número 52 da revista O que nos faz pensar.

Ligada ao Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e com Qualis A3, esta edição especial, sob organização de Pedro Duarte e Camila Calado, traz o Dossiê Pós-Pandemia.

No que tange aos artigos referentes ao número 52, Camila Calado escreve: "em “Notas sobre o tempo e o luto no mundo pós-covid”, Carla Rodrigues discute, a partir da noção de “novo tempo do mundo”, as trans-formações materiais e subjetivas das formas de vida pós-covid e, a partir de Butler, reflete sobre o desafio de encontrar um caminho para o luto diante das perdas coletivas – em seu entender, perda de uma certa forma de existência humana.

No artigo “Projeto Inumeráveis: luto e memória em tempos de pandemia de Covid-19 no Brasil”, Liliane Dutra Brignol e Sabrina Rodrigues Cáceres prosseguem a análise sobre as experiências de luto em relação à pandemia. A partir do projeto Inumeráveis, discutem as manifestações do trabalho de luto, a construção de memórias coletivas, assim como de uma memória nacional e política.

No artigo “O que resta da pandemia: tecnologia e ecologia no século XXI”, Pedro Duarte reflete sobre a pandemia enquanto acontecimento re-velador da situação contemporânea que delineou e potencializou as duas principais preocupações deste século: a tecnologia e a natureza.

Em “O dilema biopolítico: negacionismo biopolítico e reapropriação biopolítica”, Ádamo Bouças da Veiga, focando na gestão da pandemia, con-trasta duas posturas diante da biopolítica contemporânea, destacando que a estratégia proposta por Agamben conduz a uma necropolítica suicidária, enquanto a postura de Preciado apresenta resistências à biopolítica con-temporânea.

No artigo “Vida neoliberal e imaginário antineoliberal”, Julia-na Ortegosa Aggio ressalta a perda histórica de certas vidas na pandemia da Covid-19, argumenta que a crise atual deriva do modo de vida neoliberal e sinaliza formas de resistência através de um imaginário antineoliberal.

Ivan Ferreira da Cunha, Emmanuel Fernandes e Thalyta Bertotti, em “Os modelos de Átila: um estudo sobre filosofia e divulgação da ciência”, analisam as transmissões de Átila Iamarino nas redes sociais e os modelos adotados para produção do seu conteúdo, refletindo sobre o papel político da divulgação científica e o papel da filosofia na educação científica.

No artigo “Escuta, estímulo e distração: os impactos neurológicos da pandemia na memória e apreciação musical”, Braulyo Antonio de Oliveira e Thiago de Almeida Menini argumentam que a Covid-19 molda biologi-camente nossos corpos, adaptando-os às exigências do regime de atenção--memória contemporâneo, ao mesmo tempo em que bloqueia a escuta re-querida pela música de vanguarda e pela tradição erudita.

Para fechar o dossiê, em “Vozes do passado, vozes para o futuro”, Manuela Rodrigues Fantinato traz a hipótese de que a pandemia pode repre-sentar uma ruptura em nosso cronótopo de tempo histórico, o que pode ser captado pela experiência dos idosos.

Completam a edição, mais cinco artigos na seção Varia. Gabriel Debatin, em “Uma ontologia fraca: Heidegger e a obra de arte à meia-luz da verdade”, busca conferir respaldo teórico para justificar uma ontologia fraca, partindo da abordagem fenomenológica de Heidegger sobre a obra de arte.

Pedro Süssekind, em “Destino dado. As formas do amor em Grande Sertão: Veredas”, analisa a trama amorosa do romance de Guimarães Rosa, mostrando sua articulação com a trama épica e com o desenvolvimento de uma dialética entre dois extremos.

Em “Freud e a experiência da ficção”, Bernardo Barros de Oliveira analisa a questão da atividade psíquica do leitor/espectador na psicanálise freudiana, mapeando lacunas deixadas por Freud e trazendo contribuições para o preenchimento dos vazios teóricos identificados.

Deborah Spiga, em “A desconstrução como abertura polifônica e relacional em Jean-Luc Nancy”, discute como o movimento da desconstrução se estrutura em Jean-Luc Nancy enquanto movimento de desfecho e abertura dos aparelhos conceituais.

Por fim, no artigo “Pedro Costa: destruição, ciência-ficção e realidade”, Nuno Crespo se debruça sobre o cinema e o método de Pedro Costa, identificando uma disciplina da atenção que se transformaria em dispositivo poético".

Desejamos a todos(as) uma boa leitura!

Revista: O que nos faz pensar
Volume: 31
Número: 52 (Dossiê Pós-Pandemia)
Período referente à publicação: Jan.-Jun. 2023.
Qualis: A3
Departamento: Filosofia
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Link para acesso: v. 31 n. 52 (2023): Dossiê Pós-Pandemia | O que nos faz pensar

 

Link: https://oquenosfazpensar.com.br/oqnfp/issue/view/58