A brief introduction to a hertzian reading of Wittgenstein's Tractatus

Ano 11 nº 22 2019 • Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

Autor: Eduardo Simões Silva

Resumo:

O objetivo desse pequeno texto é apresentar hipótese de que existem influências notáveis do pensamento do físico Heinrich Hertz - especialmente em Os Princípios da Mecânica (1894) - sobre o Tractatus Logico-Philosophicus (1922), de Wittgenstein. De fato, é amplamente reconhecido que algum tipo de influência de Hertz sobre Wittgenstein deve existir; no entanto, como e em que medida a relação entre os dois pensadores foi importante não está unanimemente resolvida. Propomos aqui três amplas áreas em que o pensamento de Wittgenstein no Tractatus pode ser tributário do sistema mecânico desenvolvido por Hertz (com todas as suas adições e melhorias): a ontologia, a teoria da figuração e a filosofia da ciência. A esse respeito, deve-se mencionar que Wittgenstein sempre foi parcimonioso ao admitir influências; apesar de se referir a Hertz várias vezes em seus escritos, em nenhum lugar ele esclareceu a extensão da influência de Hertz sobre o seu pensamento. Além disso, consideramos a literatura especializada sobre este tema não é clara e nem convincente. Portanto, visamos nossa própria interpretação e encaminhamento de alguns pontos do que ainda parece ser um mistério: a influência de Hertz sobre o Tractatus de Wittgenstein.

Abstract:

The purpose of this short text is to present the hypothesis that there are remarkable influences of the thinking of the physicist Heinrich Hertz - especially his Principles of Mechanics (1894) – on Wittgenstein’s Tractatus Logico-Philosophicus (1922). Indeed, it is widely recognized that some sort of influence of Hertz on Wittgenstein must exist; however, how and to what extent the relationship between the two thinkers was important is not unanimously resolved. We propose here three broad areas in which the thought of Wittgenstein in the Tractatus can be tributary of the mechanical system developed by Hertz (with all its additions and improvements): ontology, theory of figuration and philosophy of science. In this respect, it should be mentioned that Wittgenstein was always parsimonious in admitting to influences; though he referred to Hertz several times in his writings, he nowhere clarified the extent of Hertz’s influence on his thinking. Moreover, we consider the specialized literature on this topic neither clear nor convincing. Therefore, we aim at our own interpretation and routing of some points of what still seems to be wrapped cloaked mystery: the influence of Hertz on Wittgenstein’s Tractatus.

ISSN: 19844255

DOI: 10.36517/Argumentos.22.3

Texto Completo: http://www.periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/39869

Palavras-Chave: Hertz. Wittgenstein. Ontology. Theory of figuration. Philosophy of science.

Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

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