O que faziam os amigos: Hannah Arendt e a filosofia

Ano 14 nº 27 2022 • Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

Autor: Christina Ribas

Resumo:

O texto apresenta uma tentativa de compreender, nos marcos do pensamento de Hannah Arendt, sua recusa em ser chamada de filósofa, relacionando tal circunstância às suas experiências na Alemanha durante o nazismo e à sua intenção de refletir sobre a política num contexto em que as respostas tradicionais não são capazes de fornecer orientação. Partindo da relação identificada por Arendt entre a ausência de pensamento e o mal, investiga se a faculdade de julgar, liberada pelo pensamento, pode ser afetada não apenas pela irreflexão, mas pela radicalização das próprias condições do pensar.

Abstract:

The text presents an attempt to understand, within the framework of Hannah Arendt's thought, her refusal to be called a philosopher, and relates this circumstance to her experiences in Germany during Nazism and her intention to reflect on politics in a context in which tradicional responses are no longer able to provide guidance. Taking into account the relationship, identified by Arendt, between the absence of thought and evil, it investigates whether the faculty of judgment, released by thought, can be affected not only by thoughtlessness, but by the radicalization of the very conditions of thinking.

ISSN: 1984-4255

DOI: https://doi.org/10.36517/Argumentos.27.12

Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/71022

Palavras-Chave: Hannah Arendt. Filosofia. Pensamento. Julgamento. Perdão.

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