Por que Emílio não é o cidadão republicano

Ano 4 n°8 2012 • Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

Autor: Renato Moscateli

Resumo:

Sem dúvida, as relações entre a educação e a política constituem um dos temas principais das obras de Rousseau, em especial no tocante à preparação de pessoas dotadas com a virtude cívica necessária ao exercício da soberania republicana. Porém, embora se trate de um tópico bastante explorado pelos pesquisadores, há certas operações analíticas empregadas para abordá-lo que são recorrentes apesar de partirem de uma opção que me parece equivocada, a saber, o uso do Emílio como a fonte das referências mais importantes para o pensamento de Rousseau a respeito da formação do cidadão. Neste artigo, meu intuito é expor argumentos para contestar essa escolha, ressaltando a distinção entre a liberdade moral e a liberdade política, bem como as diferenças entre os modelos educacionais mais adequados para preparar o homem e o cidadão.

ISSN: 19844255

Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/19208

Palavras-Chave: Rousseau. Emílio. Educação. Liberdade política. Liberdade moral.

Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

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