Arendt e Kant: banalidade do mal e mal radical

Ano 5 n°9 2013 • Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

Autor: Adriano Correia

Resumo:

Em Origens do totalitarismo Hannah Arendt emprega o termo mal radical, compreendido como mal absoluto, para se referir à fabricação da superfluidade nos campos de extermínio. Em Eichmann em Jerusalém ela emprega a expressão banalidade do mal para se referir à conduta de indivíduos como Adolf K. Eichmann, que em sua superficialidade teriam testemunhado um descompasso inédito entre a estatura do malfeitor e das transgressões cometidas. Pretendo examinar nesse texto o uso dessas expressões por Arendt, notadamente a partir de suas referências à reflexão kantiana sobre o mal radical.

Abstract:

In The Origins of Totalitarianism Hannah Arendt employs the term radical evil, understood as absolute evil, to refer to the production of superfluity in concentration camps. In Eichmann in Jerusalem she employs the term banality of evil to refer to the conduct of individuals like Adolf K. Eichmann, who in their superficiality have witnessed an unprecedented gap between the wrongdoer and the stature of their transgressions. I intend to examine in this text the use of these expressions by Arendt, particularly starting from his references to Kant’s reflection on radical evil.

ISSN: 19844255

Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/19002

Palavras-Chave: Mal radical. Banalidade do mal. Totalitarismo.

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