O Romance de Artista Alemão: arte e utopia no jovem Marcuse

v. 24 n. 2 (2019) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Cibele Saraiva Kunz

Resumo:

Este artigo apresenta uma análise sobre a tese de doutorado de Marcuse, Der Deutsche Künstlerroman (O Romance de Artista Alemão). Obra ainda pouco explorada em língua portuguesa e que expõe de forma embrionária reflexões que serão a base da teoria estética de Marcuse nas décadas de 1960 e 1970, tais como a separação entre arte e vida e a alienação artística. Busca-se demonstrar a relação íntima entre arte e utopia no primeiro trabalho de Marcuse.

Abstract:

This paper presents an analysis of Marcuse's doctoral thesis, Der Deutsche Künstlerroman (The German artist novel), a work that is still little explored in Portuguese and that reveals the embryonic reflections that will establish the basis for his aesthetic theory in the decades of 1960 and 1970, such as the separation between art and life and the artistic alienation. Our intention is to show the intimate relationship between art and utopia in Marcuse's first work.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v24i2p87-98

Palavras-Chave: romance, utopia, mundo da arte, mundo da vida

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.