Kripke?s metaphysical necessity: a Kantian perspective

v. 26 n. 1 (2021) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Ediovani Antônio Gaboardi

Resumo:

Este artigo estuda o conceito de necessidade em O Nomear e a necessidade de Kripke. Kripke distingue necessidade metafísica de necessidade epistemológica. Portanto, posições neoclássicas e neoempiristas estão erradas, porque permanecem no domínio epistemológico. Em Kripke, a epistemologia se torna uma investigação psicológica sobre o conhecimento individual. Não pode lidar com o problema da justificação e, portanto, não pode explicar por que existem proposições necessariamente verdadeiras. Quando ele tenta fazer isso, cai na armadilha da dialética, como Kant alertara. Finalmente, o artigo defende que o domínio metafísico é apenas uma abstração baseada em uma epistemologia objetiva.

Abstract:

This article studies the concept of necessity in Kripke’s Naming and Necessity. Kripke distinguishes metaphysical from epistemological necessity. So, neoclassical and neo-empiricist positions are both wrong, because they remain in the epistemological realm. In Kripke, the epistemology becomes a psychological investigation about individual knowledge. It cannot deal with the problem of justification, and therefore cannot explain why there are necessarily true propositions. When he tries to do this, he falls into the trap of dialectics, as Kant warned. Finally, the article defends that the metaphysical domain is just an abstraction based on an objective epistemology.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v26i1p33-48

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/170874

Palavras-Chave: Kripke, Kant, Metafísica, Epistemologia, Necessidade

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.