A semelhança da música com a linguagem segundo Theodor Adorno: sentidos diferentes do conceito a partir da música tradicional e da nova música

v.26 n.03 (2021) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Luis Filipe de Lima Andrade

Resumo:

Este artigo investiga a concepção de semelhança da música com a linguagem na estética musical de Adorno. Partindo de uma descrição e fundamentação histórica do conceito, o objetivo principal deste artigo consiste na defesa de que o conceito se concebe de modo especifico na música tradicional (tonalidade), por um lado, e na nova música, por outro lado. Desse modo, argumentaremos que, apesar de a nova música ter se rebelado contra o conceito, ele permaneceria presente em sua estrutura, pois, ao fim, ele seria condição para a constituição de um elemento fundamental da música, a saber, o nexo de sentido.

Abstract:

This article investigates the conception of similarity between music and language in Adorno's musical aesthetics. Starting with a description and historical grounding of the concept, the main objective of this article is to defend that the concept is conceived in a specific way in traditional music (tonal system), on the one hand, and in new music, on the other hand. Therefore, we will argue that although the new music has rebelled against the concept, it would remain present in its structure, because, in the final analysis, it is a condition for the constitution of a fundamental element of music, namely, the complex of meaning.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v26i3p13-26

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/188217

Palavras-Chave: Adorno, Música Tradicional, Nova Música, Nexo de Sentido, Semelhança

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.