A imputabilidade moral na Crítica da Razão Pura

n. 6 (2000) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Aguinaldo Pavão

Resumo:

Este artigo analisa o tratamento dado por Kant na Primeira Crítica à imputabilidade moral, concentrando-se basicamente na III parte do capítulo II do livro segundo da Dialética Transcendental, denominado "Solução das idéias cosmológicas da totalidade da divisão dos eventos a partir das suas causas". Nesta parte da Crítica da Razão Pura, Kant apresenta, dentro de sua estratégia argumentativa que visa resolver o problema da terceira antinomia, a distinção entre o caráter empírico e caráter inteligível. A partir da dupla maneira de consideração do sujeito agente, procura-se entender a tese de Kant sobre a imputabilidade moral. É questionada a posição de Kant defendida em B 583 de que um juízo de imputação requer o desprezo pelas condições empíricas, sejam estas internas ou externas.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i6p33-49

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/69478

Palavras-Chave: Caráter inteligível, Liberdade,Responsabilida

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.