Repensando o déficit sociológico da teoria crítica: de Honneth a Horkheimer
v. 22 n. 2 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Rúrion Melo
Resumo:
Com a conhecida crítica do “déficit sociológico”, Honneth apontou a incapacidade de Horkheimer de realizar o programa principal da teoria crítica, a saber, vincular filosofia social com uma análise da sociedade que também se baseasse em pesquisas sociais empíricas. Contudo, por ter se distanciado do paradigma da “luta” e desenvolvido uma teoria preocupada mais com a “reconstrução normativa” das instituições de nossa vida democrática, Honneth acabaria dando menos atenção à relação com a pesquisa social. Defendemos que os trabalhos de Horkheimer da década de 1930 poderiam indiretamente nos ajudar a resolver algumas dificuldades metodológicas concernentes a uma espécie de “novo déficit sociológico” que a teoria crítica estaria enfrentando hoje.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p63-76
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/138456
Palavras-Chave: teoria crítica, pesquisa social,Horkheimer,
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.