O Autoconhecimento na Psicologia Empírica de Kant
Série 3 v. 11 n. 2 • Cadernos de História e Filosofia da Ciência
Autor: Clélia Aparecida Martins
Resumo:
O conceito de autoconhecimento, por estar estritamente referido ao sentido interno, na psicologia empírica de Kant apresenta uma complexidade que impõe pensá-lo além desta psicologia. Assim, este texto analisa os limites do autoconhecimento empírico decorrentes da insuficiência do sentido interno apontada através de sua temporalidade, por esta depender dos objetos espaciais. Mas, tanto como a relação entre sujeito e representações é sustentada por um fundamento transcendental, também os conceitos de espaço e tempo, compreendidos por Kant como conceitos puros da intuição, portanto, que estão em nós, possibilitam supor que a existência empírica – e tudo a ela correspondente – sofre uma determinação não externa. Com isso, indica-se que o autoconhecimento é conectado a um esquema que, por estar além do espaço e do tempo, possibilita pensar este autoconhecimento em relação ao uso regulativo da razão, pelo que se apreende a ligação entre a psicologia empírica e a psicologia racional na filosofia transcendental. Palavras-chave: autoconhecimento; Kant; psicologia empírica; psicologia racional; filosofia transcendental; sentido interno.
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