Representação Matemática e Crítica às Teorias Indivisibilistas em Thomas Bradwardine

Série 3 v. 15 n. 2 • Cadernos de História e Filosofia da Ciência

Autor: Márcio A. Damin Custódio

Resumo:

Em seu tratado De continuo, escrito entre 1325 e 1343, Thomas Bradwardine (1290-1349) afirma que o contínuo da natureza (movimento, tempo, lugar e temperatura) pode ser representado e medido pelo contínuo matemático (linha superfície e sólido). No espaço geomé­trico, tal medida é possibilitada pelo uso de pontos (discretos, indivisíveis) como marcas do contínuo que se pretende medir. Como Aristóteles, Bradwardine compreende que o contínuo não pode ser constituído por indivisíveis. A despeito deste compromisso com Aristóteles, Brad­wardine sugere que os pontos que marcam a representação matemática do contínuo da natureza representam partes do contínuo marcado. Em meu artigo, procuro mostrar como Bradwardine pode afirmar, ao mesmo tempo, que o contínuo da natureza pode ser representado pelo contínuo geométrico e, também, que esta representação não é a admissão de indivisíveis como partes componentes do contínuo.

Texto Completo: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/cadernos/article/view/625

Palavras-Chave: Contínuo, Atomismo, Aristóteles,Thomas Bradwa

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