Nietzsche e a filologia, a filologia e Nietzsche. Minhocas e tesouros. A pesquisa das fontes e a “biblioteca ideal” de Nietzsche

Número 33 (2013) • Cadernos Nietzsche

Autor: GIULIANO CAMPIONI

Resumo:

Neste artigo, o autor justifica a importância que tem o trabalho editorial realizado por Colli e Montinari para a compreensão da filosofia nietzschiana no século XX. Considera, portanto, que o exaustivo trabalho com as fontes de citação do filósofo e com anotações e correspondências, muitas inéditas, ou consideradas irrelevantes por alguns pesquisadores, ou utilizadas de forma arbitrária e descontextualizada, podem, se bem organizadas, fornecer informações preciosas para a definição da identidade filosófica de Nietzsche. E, para tanto, argumenta ser necessário enfatizar a atividade filológica do próprio Nietzsche. Destaca, por fim, o quanto é útil o aparato para a organização dos escritos nietzschianos feitos por Colli e Montinari, que possibilitaram corrigir equívocos históricos de interpretação.

ISSN: 2316-8242

Texto Completo: http://gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/CN33%2001.pdf

Palavras-Chave: Colli,Montinari,filologia,aparato

Cadernos Nietzsche

Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.

Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."