CARTOGRAFIA COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA: INFLEXÕES PARA PESQUISAS EM EDUCAÇÃO // CARTOGRAPHY AS METHODOLOGICAL STRATEGY: INFLECTIONS FOR RESEARCH IN EDUCATION

V. 19, N. 3 • Conjectura: filosofia e educação

Autor: Marilda de Oliveira, Cristian Poletti Mossi

Resumo:

O presente artigo objetiva refletir acerca de possíveis inflexões ofertadas pela proposta metodológica amplamente conhecida como Cartografia. Procurando cumprir tal intuito, primeiramente explanaremos minimamente de que se trata a perspectiva cartográfica e em que ela difere de outros modos de fazer pesquisa, baseados, sobretudo, pelo impacto epistemológico conduzido por Deleuze & Guattari – propositores desse conceito – no campo da filosofia e que acaba por respingar no que concerne à produção investigativa na área das Ciências Humanas em geral e especialmente no campo da Educação. Nesse sentido, o conceito de Rizoma proposto pelos autores (DELEUZE & GUATTARI, 1995) pode ser útil para entendermos de que se trata tal giro filosófico/epistemológico. Posteriormente, utilizando como motor reflexivo a imagem da intervenção artística “Espiral do Conhecimento” (2011) de André Dalmazzo – intervenção esta proposta em uma aula de Metodologia da Pesquisa em Educação (Seminário de Tese/Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria) – pretendemos inferir algumas noções e estender nossa reflexão acerca de inflexões que pesquisas em educação permeadas por traços metodológicos cartográficos parecem apresentar. Três questões/inflexões foram selecionadas para serem desenvolvidas no texto, a partir do evento citado. São elas: primeiramente o incômodo causado na turma mediante uma situação inusitada, a seguir a questão de que para cada um que se embrenhou no espaço da sala de aula tomada pela intervenção artística “Espiral do Conhecimento” a experiência ocorreu de uma forma, contudo, fazer tal afirmativa não se trata de reduzir os pontos de vista a mero subjetivismo e, finalmente, a questão/inflexão que nos parece cintilar da experiência relatada diz respeito à complexidade do evento de pesquisar e à construção investigativa como uma produção a partir de fragmentos, sobras, vestígios. Desses três apontamentos concluímos que a Cartografia como estratégia metodológica parece criar inflexões de acordo com os terrenos múltiplos que o pesquisador encontra, desdobrando-se por esferas e caminhos que oferecem material para a produção de sentidos e composições diversos.

Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/2156

Conjectura: filosofia e educação

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