A HERMENÊUTICA HEIDEGGERIANA E A QUESTÃO DO CONHECIMENTO // THE KNOWLEDGE QUESTION AND HEIDEGGER’S HERMENEUTICS

V. 21, N. 1 • Conjectura: filosofia e educação

Autor: Cezar Luís Seibt

Resumo:

O pensamento de Heidegger, através da analítica existencial e da proposta de destruição da metafísica, elabora um novo horizonte a partir do qual o conhecimento pode ser compreendido. Não mais da objetificação, dos dualismos sujeito e objeto, mente e mundo, mas a partir do lugar originário, do ser-aí (Dasein) em sua facticidade, do seu ser-no-mundo. O texto pretende mostrar e caracterizar esse horizonte originário e prévio, além de indicar algumas possibilidades que com ele se abrem. Daremos ênfase à questão do horizonte compreensivo prévio, que acompanha cada conhecimento e cada conhecer, mas que tende a se manter oculto e esquecido em função da primazia do ente na Metafísica tradicional. Inicial e normalmente vivemos e pensamos a partir da disponibilidade e da presença dos entes, do que se chama de realidade. Há que retomar a historicidade e a temporalidade do ser humano como condições básicas que acompanham o fenômeno do conhecimento e, por isso, da noção de possibilidade e de abertura. Uma volta para as condições pré-teóricas e pré-lógicas do conhecimento, onde o fundamento é segundo o modo de ser do ser-aí, a facticidade, um abismo, o ser-no-mundo a partir donde se constituem as relações cognoscitivas e práticas. O conhecimento humano é finito, assim como o é o próprio ser humano e, por isso, não possui lugar fora do tempo onde possa ser ancorado e fixado. Há uma circularidade interpretativa e uma diferença ontológica já sempre em operação e que não podem ser superadas por teorias do conhecimento, mas devem ser autenticamente assumidas para que o conhecimento seja compreendido no seu ser. 

Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/3845

Palavras-Chave: Conhecimento,Hermenêutica,Metafísica,Heidegg

Conjectura: filosofia e educação

O escopo da revista é incentivar a investigação e o debate acadêmico acerca da Educação e da Filosofia em seus diversos aspectos, prestando-se como um instrumento de divulgação do conhecimento. Para tal, busca qualificar-se continuamente, observando os critérios indicados pelo Qualis/Capes: publicação mínima de 18 artigos por volume, dos quais 60% de autores vinculados a pelo menos 4 instituições diferentes da que edita a revista com indicação da afiliação institucional. Em cada número publicado, pelo menos 1 artigo será proveniente do exterior.meuip.co