A VOZ-PRÁXIS DOS MARGINALIZADOS ENTRE ESTÉTICA E POLÍTICA: AUTOAFIRMAÇÃO, RESISTÊNCIA E LUTA EM TEMPOS DE INSTITUCIONALISMO FORTE, CIENTIFICISMO E LÓGICA SISTÊMICA // DOI: 10.18226/21784612.V24.E019009

V. 24 (2019) • Conjectura: filosofia e educação

Autor: Leno Francisco Danner, Fernando Danner, Agemir Bavaresco, Julie Dorrico

Resumo:

Criticamos, no artigo, duas exigências fundamentais postas pelo paradigma normativo da modernidade como condição da crítica, da reflexividade e da emancipação, a saber, a racionalização epistemológica dos sujeitos, das práticas e dos valores como critério da justificação e da validade, e o procedimentalismo imparcial, neutro, formal e impessoal como práxisda fundamentação ético-política. Argumentaremos que essas duas exigências teórico-práticas levam a dois graves problemas para uma teoria social crítica e para uma práxis política emancipatória relativamente à modernidade: primeiro, sujeitos epistemológico-políticos marginalizados pela modernidade (por exemplo, indígenas e negros) teriam de abandonar a carnalidade e a vinculação ao seu contexto e sua situação de vítimas da modernidade como condição de uma perspectiva crítica frente à própria modernidade como universalismo epistemológico-moral autêntico; segundo, uma perspectiva político-metodológica imparcial, neutral, formal e impessoal conduz tanto à apoliticidade e à despolitização dos sujeitos da fundamentação quanto à correlação de institucionalismo forte, cientificismo e lógica sistêmica, já que, nesse segundo caso, apenas as instituições e desde uma dinâmica lógico-técnica têm condições de assumir uma atuação e um enquadramento sociais nesses requisitos de imparcialidade, impessoalidade, neutralidade e formalismo. Como alternativa, apontaremos para a necessidade, por parte das vítimas da modernização, de uma voz-práxis política-politizante, carnal e vinculada, que tem como ponto de partida sua condição de marginalização e sua pertença social e antropológica como base da autoafirmação, da resistência e da luta e que se processa sob a forma de um anarquismo estético-político anti-sistêmico, anti-institucionalista e anti-cientificista, aberto, inclusivo e participativo.

Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/5715

Palavras-Chave: Modernização,Institucionalismo, Lógica sistêm

Conjectura: filosofia e educação

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