A Fita Branca e o caráter autoritário: contribuição da teoria crítica da sociedade

v.32 n.66 set./dez. 2018 • Educação e Filosofia

Autor: Ana Paula de Ávila Gomide

Resumo:

Tendo como referencial os autores da teoria crítica da sociedade – Adorno, Horkheimer e Marcuse –, este ensaio volta-se para a discussão do caráter autoritário, a partir de alguns elementos encontrados no filme A Fita Branca, de Michael Haneke. Os temas sobre a educação, a formação do indivíduo e as bases psicossociais da personalidade autoritária, estudados pelos frankfurtianos, foram considerados. Enfim, o filme ilustra o clima cultural propenso ao fascismo, lançando luz aos efeitos perversos das pressões civilizatórias repressivas baseadas na violência e na indiferenciação dos sujeitos: a dominação da natureza e, por sua vez, as formas pelas quais a “natureza” oprimida parece se vingar.

Abstract:

Assuming philosophical theses by the so-called Critical Theory – Adorno, Horkheimer and Marcuse –, this paper proposes a discussion about the authoritarian personality at taking some elements of Michael Haneke’s “The White Ribbon”. It accounts for the themes on education, individual’s upbringing and authoritarian personality’s psychosocial bases, all of them studied by the Frankfurtian thinkers. Concisely, Haneke’s film depicts a cultural atmosphere inclined towards fascism. It sheds light upon perverse effects of civilization’s repressive load and subjetcs’ non-differentiation: domination of nature and how oppressed nature, in your turn, seems to strike back.

ISSN: ISSN Impresso: 0102-6801 e ISSN Eletrônico: 1982-596X

DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v32n66a2018-06

Texto Completo: http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/41595

Palavras-Chave: Teoria crítica. Indivíduo. Formação. Autoritarismo.

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