Un caso estremo: il progetto educativo di Platone, scrittore di filosofia¹: la centralità dell?educazione per la società ateniense

v.31 n.61 jan./abr. 2017 • Educação e Filosofia

Autor: Maurizio Migliori

Resumo:

Platão considera o problema da educação uma das questões centrais para a salvação da polis grega de seu tempo. Mas, digno aluno de Sócrates, põe, antes de tudo, o problema para si próprio como escritor de filosofia. Esta não é transmissível como outras ciências, porque requer a participação ativa do sujeito que indaga. Conforme sublinha no Fedro, a escrita parece esmaecida por sua fixidez e pela impossibilidade de escolher o leitor e dialogar com ele. No entanto, Platão não renunciou à escrita, que parece útil seja como recurso da memória, seja para aqueles que estão longe no tempo e no espaço e que seguem o mesmo caminho de pesquisa. Portanto, Platão inventou uma técnica de escrita que ele descreve como "um jogo": os diálogos são uma sequência de textos protréticos que propõem, sob a forma de jogo, crescentes problemas filosóficos, baseados naquilo que o diálogo comunica; este sempre remete à apresentação das coisas mais valiosas, em suma, à solução (platônica) dos problemas propostos. De um certo ponto de vista, essa tentativa falhou completamente: as gerações seguintes utilizaram a escrita para se comunicar e aprender muitas coisas, não para um jogo tão complexo como aquele que esses textos propunham. No entanto, se o desejo de Platão era forçar o leitor a "fazer" filosofia, ele e seus diálogos se tornaram verdadeiramente os mestres do pensamento ocidental.

Abstract:

Plato judges the problem of education one of the central issues for the salvation of the Greek polis of his time. But, worthy pupil of Socrates, imposes first of all this problem to himself as writer on philosophy. This is not communicable as the other subjects because it requires the active participation of the subject that investigates. As he points out in the Phaedrus, the writing appears weak for its fixity and because of the impossibility to choose the reader and to dialogue with him. However Plato did not surrender to write, which appears useful both as a reminder and for those who are far away in time and space, and who follow the same search path. Therefore Plato invented a writing technique that he describes as "a game": the dialogues are a sequence of protreptic texts who propose, in the form of a game, growing philosophical problems, based on how the dialogue itself communicates; it always defers the exposition of things of greater value, in summary the (Platonic) solution of the proposed problems. From one point of view, this attempt failed completely: the following generations used the writing to communicate and learn many things, not for a game as complex as what these texts proposed. However, if Plato's desire was to force the reader "to do" philosophy, he and his dialogues have been really the masters of Western thought.

ISSN: Impresso: 0102-6801 e Eletrônico: 1982-596X

DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n61a2017-p107a139

Texto Completo: http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/37866

Palavras-Chave: Educação; Filosofia; Escrita; Diálogos.

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