Protagora e Gorgia: maestri di virtù?

v.31 n.62 maio/ago. 2017 • Educação e Filosofia

Autor: Francesca Eustacchi

Resumo:

O movimento sofista forneceu uma contribuição significativa para a investigação filosófica no campo ético-educacional, dando atenção particular para o problema do ensino da virtude. Protágoras se define abertamente como “mestre de virtude”: o sofista é aquele que ensina aos jovens a arte política, ou seja, a capacidade de discernir o útil (não em sentido absoluto, mas no tocante a diver-sas situações concretas) e de fazê-lo prevalecer na cidade por meio de um eficaz discurso retórico. Górgias circunscreve seu ensinamento à arte retórica, mas não ignora com efeito o problema moral: tal arte não é julgada em si própria, mas em relação ao quanto é justa, no sentido de oportuna, utilizada em um dado contexto; o  mesmo  vale  para  a  ação  virtuosa  que  assim  é  no  tocante  a  uma  circunstância  específica: o sofista descreve uma série de comportamentos oportunos, que desig-nam um elenco de exemplos úteis para o agir virtuoso. Ambos os sofistas propõem pontos interessantes de confrontos em uma ótica pragmático-descritiva;  o próprio Platão estabelece diálogo com este horizonte sofístico.

Abstract:

The sophistic movement produces an important contribution to the de-velopment of the philosophical research in ethical-educational field. Particularly, the sophists focus on the possibility to teach the virtue. Protagoras names himself “teacher  of  virtue”:  he  teaches  the  political  art  which  consists  of discerning  the  useful (not in absolute sense, but in relation to a specific and concrete situation; then, the sophist persuades the polis to accept the useful by means of a convincing rhetorical speech. Gorgias deals with teaching of rhetorical art, but he does not ignore the moral questions: it is necessary to judge the right use of the rhetoric according to circumstances; every action is considered virtuous if it is appropriate in respect of the situation. The sophist makes a list of virtuous behaviours, which are examples for a map of moral act. Both sophists introduce interesting starting points of discussion in a pragmatic and descriptive perspective; therefore Plato compares himself with this sophistic reference point.

ISSN: Impresso: 0102-6801 e Eletrônico: 1982-596X

DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n62a2017-p1159a1190

Texto Completo: http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/37867

Palavras-Chave: Protágoras; Górgias; Kairós; Pragmatismo; Virtude; Útil.

Educação e Filosofia

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