EXU E OS IBEJIS INVENTAM O CONTRATEMPO - por uma filosofia afro-brasileira da educação

Vol. 05, N. Especial (2020) • Eleuthería - Revista do Curso de Filosofia da UFMS

Autor: Luís Carlos Ferreira dos Santos

Resumo:

O texto tem como objetivo problematizar a persistência pela aniquilação da vida no cenário da educação. A perspectiva da educação brasileira convive historicamente com seus inimigos íntimos: o espírito antidemocrático, a aniquilação do diverso e a morte da criatividade. Alguns elementos que persistem na perpetuação dos inimigos da educação são: a vocação de um espírito antidemocrático, a antipoética e a morte do espaço público de discussão. Esses elementos são produtores de forma cultural de mortes, fundamentados pelo racismo. Irei caminhar nas paisagens das filosofias africanas e da educação antirracista. Para isso, mobilizarei os personagens de Exu e do Ibeji na tentativa de responder a seguinte problematização: quais as formas possíveis de caminharmos humanamente juntos?

Abstract:

The text aims to problematize the persistence for the extinction of life in the education scenario. The perspective of brazilian education has historically coexisted with its intimate enemies: the anti-democratic spirit, the extinction of the diverse and the death of creativity. Some elements that persist in the perpetuation of the enemies of education are: the vocation of an anti-democratic spirit, the antipoetic and the death of the public space for discussion. These elements produce a cultural form of death, reasoned on racism. I will walk in the landscapes of african philosophies and anti-racist education. For this, I will mobilize the characters of Exu and Ibeji in an attempt to answer the following question: what are the possible ways of walking humanly together?

ISSN: 2527-1393

Texto Completo: https://periodicos.ufms.br/index.php/reveleu/article/view/12205

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