MICHEL HENRY: A PHENOMENOLOGICAL APPROACH TO THE SUBJETIVE BODY: contribution towards the epistemology of corporality

Vol. 06, N. 10 (2021) • Eleuthería - Revista do Curso de Filosofia da UFMS

Autor: Ignacio Iglesias Colilas

Resumo:

O objetivo deste trabalho é mostrar os principais conceitos da fenomenologia da corporalidade de M. Henry em Filosofia e Fenomenologia do corpo (1965), trabalho no qual Henry desenvolve esses conceitos e com frequência utiliza os argumentos de Maine de Biran (1766-1824) para promover sua própria filosofia. O cartesianismo, o empirismo e a filosofia kantiana – assim como a biomedicina tradicional – concebem o corpo como um objeto. Henry descreve o tipo de corpo esboçado por Biran como um “corpo encarnado”, destacando o papel da linguagem que opera na forma como acabamos considerando nosso corpo como um “objeto”. Para Henry, o corpo é subjetivo e é o próprio ego: um corpo que é um “eu”. Este é o “fato original” que funda sua fenomenologia. Henry reivindica a necessidade de uma ontologia da subjetividade, porque uma concepção empírica da vida interior só mostra o fracasso da psicologia empírica em seu intento de explicar o movimento e a corporalidade em geral. Henry objetiva construir uma ontologia fenomenológica do corpo. O tipo de movimento que o intelectualismo intenta construir é, na realidade, apenas uma representação do movimento.

Abstract:

The main goal of this paper is to show the main concepts of M. Henry’s phenomenological approach to corporality in Philosophie et Phénoménologie du corps (1965), the principal work where M. Henry develops these analysis. Here he frequently uses Maine de Biran’s (1766–1824) arguments to promote his own philosophy. Cartesianism, Empiricism and Kantian philosophy –the same as mainstream Biomedicine– conceive the body as an object. Henry describes the kind of body outlined by Biran as an 'incarnated body', highlighting the role of language operating in how we end considering our body as an ‘object’. To Henry, the body is subjective and is the ego itself: a body which is an “I”. This is the ‘original fact’ with which his phenomenology begins. Henry claims for the need of an ontology of subjectivity, because an empirical conception of interior life only shows the failure of empirical psychology in the attempt to explain movement and corporality in general. Henry tries to build a phenomenological ontology of the body. The type of movement which intellectualism attempts to reconstruct is in reality only a representation of movement.

ISSN: 2527-1393

Texto Completo: https://periodicos.ufms.br/index.php/reveleu/article/view/13493

Palavras-Chave: Phenomenological ontology incarnated. Body. Language. Michel Henry.

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