MARXISMO E DIALÉTICA ? A POESIA DA REVOLUÇÃO

Vol. 02, N. 03 (2017) • Eleuthería - Revista do Curso de Filosofia da UFMS

Autor: Rafael de Almeida Padial

Resumo:

A partir da noção grega originária de “arte” (tékhne), conforme apresentada por Platão no diálogo Leis, constatamos que ela difere da noção usual e corrente. En passant, indicamos como os grandes poetas da modernidade foram justamente aqueles que souberam negar a noção corrente de arte e buscar a grega originária. Todavia, enquanto exercício individual e isolado por parte desses poetas, tais tentativas deram no silêncio. Em certo sentido, a única forma de retomar no presente a noção originária de arte é por meio da própria dialética enquanto revolução. É essa a única forma que produz abundantemente, numa potência que coincide com a força artística originária que escapa dos quadros individuais. Trabalharemos a etimologia de dialética, aproximando-a da ideia de “modo de exposição” (Darstellungsweise) contida em Marx.

Abstract:

From the originary Greek notion of “art” (tékhne), as presented by Plato in the dialogue The Laws, we realize that it differs from the usual and current notion of art. En passant, we point out how the great poets of modernity where those who denied the current notion of art, in order to rescue the originary Greek notion. However, as an individual and isolated exercise by these poets, such attempts resulted in silence. In a sense, the only way to return to the originary notion of art in the present is through the dialectics as a revolution. This is the only way to produce abundantly today, as a power that escapes the individual frames and coincides with the originary forces. We will analyze the etymology of the word “dialectics”, approaching it to the Marx’s idea of “mode of exposition” (Darstellungsweise).

ISSN: 2527-1393

Texto Completo: https://periodicos.ufms.br/index.php/reveleu/article/view/5501

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