Nietzsche e o texto como fixão

v. 11, n. 1 (2020) • Estudos Nietzsche

Autor: Rodrigo Francisco Barbosa

Resumo:

O objetivo desse artigo é o de explorar, de forma heurística, uma abordagem interpretativa para a noção de texto em Nietzsche. Trata-se de um exercício metodológico fantástico cujos desdobramentos interpretativos nos escritos de Nietzsche poderão ser testados em momentos subsequentes. Nesse sentido, ainda que de modo “incompleto e alusivo” eu esboço uma breve genealogia das noções de texto para então discutir, junto ao debate com Pichler e sua adesão à contemporânea teoria da edição alemã, de que maneira a noção de texto ali explicitada pode ser, então, compreendida como fixão. Mais do que estabelecer um critério definitivo para a noção de texto, o presente trabalho ambiciona apenas circunscrever o “amplo campo do problema” que implica uma tentativa de “revisão crítica” do tradicional conceito de texto, especialmente em Nietzsche.

Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/23212

Palavras-Chave: Nietzsche. Texto. Textura. Textualidade. Fixão.

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.