Nietzsche e a grande saúde: o uso do diagnóstico tipológico contra a metafísica

v. 7, n. 1 (2016) • Estudos Nietzsche

Autor: Adriana Belmonte Moreira

Resumo:

Esse artigo objetiva mostrar o papel central que o corpo assume no pensamento de Nietzsche e como ele faz uso do diagnóstico tipológico como arma de combate à metafísica, mostrando que somente pôde realizar a tarefa de transvaloração dos valores porque dotado de grande saúde. Colocando em xeque o pilar do modo de pensar metafísico, a separação entre corpo e alma e a divisão de mundos dela derivada, o filósofo alemão quer evidenciar, sobretudo, a partir de seus escritos de caráter autobiográfico, que outra saúde é necessária àqueles desejam criar novos valores, afirmativos da efetividade. Saúde esta identificada a um tipo que pode até mesmo transitar pela décadence, assumir sua perspectiva, sem com ela se identificar.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/12016

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.