O uso da física e da matemática em Humano, demasiado humano: Interpretação do aforismo 106.

v. 8, n. 2 (2017) • Estudos Nietzsche

Autor: Angelo Marinucci

Resumo:

Neste artigo pretende-se refletir a respeito do uso da física e da matemática em Humano, demasiado humano; em particular, mostra-se alguns dos elementos mais importantes da tradição física e matemática que Nietzsche discute neste livro. Neste sentido, são salientados os conceitos mais pertinentes de filosofia da natureza diretamente dos textos dos cientistas, enquanto já o aforismo 106 é uma citação de Laplace. A partir desta perspetiva, será possível, portanto, construir um pano de fundo geral no qual poder interpretar o desdobramento do uso da ciência em Humano, demasiado humano. A ciência se torna um elemento importante no pensamento de Nietzsche e o aforismo 106 representa uma bem determinada escolha de Nietzsche a respeito da nova colocação do próprio pensamento.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/17948

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.