Nietzsche e a Fisiopsicologia da Vontade de Potência: Perspectivismo, Genealogia e Morfologia

v. 9, n. 1 (2018) • Estudos Nietzsche

Autor: Bárbara Lucchesi Ramacciotti

Resumo:

Foucault (1982, 1985, 1997) defende que Nietzsche inaugura uma nova hermenêutica filosófica, cujo elemento central é o método genealógico (pesquisa genealógica). Para Müller-Lauter (1997), o perspectivismo da vontade de potência é o elemento central da teoria nietzschiana da interpretação. Pretendemos neste artigo, verificar as teses de Foucault e Müller-Lauter, para, em seguida, examinar a seguinte hipótese: a fisiopsicologia da vontade de potência é outra chave nuclear para compreender como opera essa nova hermenêutica filosófica ou teoria nietzschiana da interpretação. Para atingir os objetivos propostos dividimos a análise nos seguintes tópicos: 1. Teoria da Interpretação: Genealogia e Perspectivismo; 2. Fisiopsicologia da Vontade de Potência; 3. Morfologia da Vontade de Potência; 4. Vontade de Potência como Interpretação; 5. Perspectivismo não é um Relativismo radical.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/20825

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.