O Estatuto e a Topologia do Sujeito em Nietzsche

v. 9, n. 2 (2018) • Estudos Nietzsche

Autor: Alexandre Simões Barbosa

Resumo:

Nietzsche apresenta uma concepção de sujeito do devir que estabelece a figura do eu como objeto imaginário que tem a função de anteparo da experiência do real. Esse sujeito apresenta um fundamento pulsional que define sua produção simbólica, por colocar restrições às possibilidades de inscrição imaginária da experiência do real. No registro simbólico, as representações seguem um trilhamento que produzem figuras autorreferenciadas, progressivamente mais distantes do objeto real. Nietzsche assim apresenta os determinantes das da produção filosófica como construção involuntária de seu autor, na medida em que se afasta dos objetos reais. O objetivo do texto é analisar as implicações da questão do sujeito no limite e o alcance do projeto filosófico de Nietzsche.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/21543

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.