Nietzsche, o cínico e o espírito livre. Um ensaio de crítica imanente

v. 9, n. 2 (2018) • Estudos Nietzsche

Autor: Clademir Luís Araldi

Resumo:

Investigo neste artigo uma ruptura radical na compreensão de espírito livre em Nietzsche. Em sua configuração inicial (como Freigeist), o espírito livre possui traços epicuristas, com foco na vita contemplativa. A ruptura se consuma na fase tardia (a partir de Além do bem e do mal) com a nova conformação do espírito livre (como freier Geist). Com traços cínicos, esse espírito liberto se volta para a vita ativa. Por fim, com auxílio de Foucault[1], trarei a figura cínica de Baudelaire, para reforçar, no sentido de uma crítica imanente, os traços cínicos do espírito livre nietzschiano. Trata-se de analisar as implicações para o espírito livre nietzschiano, quando Baudelaire é aproximado de R. Wagner e afastado da vida de artista ‘cínica’ do séc. XIX.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/21638

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.