O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação

vol. 11, n. 1 (2012) • Ethic@ - Revista Internacional de Filosofia Moral

Autor: Amaro Fleck

Resumo:

No presente artigo busco oferecer uma análise interpretativa do conceito de fetichismo (da mercadoria, do dinheiro e do capital) na obra marxiana. Para tanto, delineio, sucintamente, a gênese histórica dos termos fetiche e fetichismo (I), para, em seguida, demonstrar que Marx inverte o uso deste conceito, de tal maneira que ele não mais se refere ao “outro”, mas, ao contrário, designa algo da própria modernidade capitalista com este conceito (II). Analiso, posteriormente, as aparições do termo nas obras anteriores a O Capital e em O Capital (III), visando mostrar que o conceito de fetichismo, em Marx, está sempre ligado a um fenômeno de transubstanciação (do trabalho já realizado na mercadoria) e que os objetos fetiche diferenciam-se dos demais por sempre possuírem uma “dupla existência”. A seguir, examino a semelhança do capitalismo com as religiões como formas de “opacidade” social, como formas de encantamento do mundo, encantamento este que impede a criação de uma situação racional e justa (IV). Concluo o artigo com uma breve análise de como seria possível superar, segundo Marx, o fetichismo, isto é, dizer no que consistiria uma sociedade não fetichista.

DOI: https://doi.org/10.5007/1677-2954.2012v11n1p141

Texto Completo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/1677-2954.2012v11n1p141/22909

Palavras-Chave: Fetichismo,"O Capital",Karl Marx,Crítica da m

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