TEM SENTIDO FALAR DE UMA NATUREZA FEMININA?

V. 3 N. 6 (2006): Verão de 2006 • Kalagatos - Philosophical Journal

Autor: Maria Luísa Ribeiro Ferreira

Resumo:

O assunto da “mulher” e do “feminino” tem sido pouco trabalhado na Filosofia acadêmica. As mulheres, porém ocupam um lugar relevante no pensamento dos filósofos. Muitos deles escreveram sobre esses assuntos e é interessante quando percebemos que seus textos nem sempre estão de acordo com seus sistemas. Eu gostaria de mostrar que este é um tópico relevante na tradição ocidental e que filósofos que lutaram pela liberdade e por direitos humanos nem sempre se mos-traram sensíveis à causa das mulheres. Discutirei a dicotomia “gênero e sexo” e argumentarei em prol de uma resposta positiva a pergunta “Existe uma natureza feminina?”, mostrando que há uma forma feminina de viver e pensar. Como um paradigma da especificidade feminina na ética e na epistemologia apresentarei algumas teses de Carol Gillian e Sara Ruddick.

Abstract:

The issues “woman” and “feminine” have been scarcely worked in accademicalphilosophy. But women have occupied a relevant place in the thought ofphilosophers. Many of them wrote about these subjects and it is interesting toverify that their texts are not always in accordance with their systems. I wouldlike to show that this is a relevant topic in western tradition and that philosopherswho fought for freedom and human rights were not always sensible to the causeof women. I will discuss the dichotomy “gender and sex” and argue for a positiveanswer to the question “Is there a feminine nature?”, presenting some theses thatshow there is a feminine way of living and thinking.As a paradigm of a femininespecificity in ethics and epistemology I will present the theses of Carol Gilliganand Sara Ruddick.

ISSN: 1984-9206

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/5764

Palavras-Chave: Mulher. Feminino. Gênero. Sexo. Natureza.

Kalagatos - Philosophical Journal

"kalagatos"

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