Autor: Gabriel Kafure da Rocha

Resumo:

Dando continuidade à nossa nova política editorial, buscando aperfeiçoar os parâmetros da revisas em termos de indexação e de outros detalhes, chegamos ao nosso número do verão de 2020. Podemos então iniciar uma breve descrição dos artigos que compõe esse número.

No artigo Da história da filosofia à filosofia da história temos uma análise da relação entre a origem da filosofia na evolução humanidade, que pode ser considerada como a própria filosofia da história. O autor passará por vários filósofos clássicos para captar o Zeitgeist, ou seja o espírito do tempo das quatro eras de nossa história: antiga, medieval, moderna e contemporânea.

No artigo Animalidade do mundo e imanência: sobre o antropocentrismo em George Bataille, temos uma reflexão sobre animalidade e incognoscibilidade. Há uma crítica da mentira poética da animalidade, de modo a nos levar a uma crítica da maneira ontológica como Heidegger viu o animal.

O artigo O corpo humano e a guerra pelas obras de Kader Attia e Achille Mbembe discorre sobre a necropolítica por meio de imagens artísticas contextualizadas com as guerras do século XX e a compreensão da arte contemporânea.

Nessa linha, temos o artigo Sobre a poética da violência - de Frantz Fanon a Glauber Rocha questionando a defesa de Fanon à violência como método de contra-ataque ao colonialismo, e contextualizando com a recepção do livro Os condenados da Terra por parte do Cinema Novo na figura de Glauber Rocha.

Em Sartre contra o humanismo – negatividade e violência, temos um artigo que ressalta os aspectos diferenciais do humanismo sartreano de uma maneira crítica, remetendo do problema político à realização da liberdade.

O artigo Albert Camus e a recusa ao suicídio em o mito de Sísifo mostra a lógica absurda camuseana como recusa as formas de esperança, aborda a diferença entre o suicídio físico e filosófico como uma tensão constante da falta de sentido da existência.

Já chegando ao fim, temos o artigo Bachelard e Bergson: uma psicologia temporal, aborda uma crítica bachelardiana à noção bergsoniana de tempo, e por meio de uma análise psicológica coloca a valorização da descontinuidade como intervalos imanentes à estrutura temporal da consciência.

E o último artigo Walter Benjamin e o teatro épico brechtiano: interrupção, estranhamento e despertar esclarece a relação de Benjamin com as novas técnicas teatrais de Brecht focando numa análise filosófica no romance e na peça A mãe.

Queremos agradecer por todas as contribuições que vem sendo enviadas e àqueles que têm acreditado em nossa revista, aos pareceristas pelo excelente trabalho e desejar uma boa leitura.

Gabriel Kafure da Rocha

Editor da Revista Kalagatos

ISSN: e-ISSN: 1984-9206

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/7199/6067