Albert Camus e a recusa do suícidio em o mito de Sísifo

V. 17 N. 2 (2020): Verão de 2020 • Kalagatos - Philosophical Journal

Autor: Leandson Vasconcelos Sampaio

Resumo:

Este trabalho consiste em fazer uma reflexão filosófica sobre a questão do suicídio a partir da obra O Mito de Sísifo – ensaio sobre o absurdo (1942) do filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960). Partindo da questão da sensibilidade, mostramos que Camus diagnostica o absurdo como uma espécie de fratura entre o homem e o mundo e busca as consequências desta evidência que é “sensível ao coração”. Com a “lógica absurda”, Camus nos trás a reflexão filosófica que consiste em recusar todas as formas de esperança enquanto uma trapaça. Ou seja, ao recusar os subterfúgios, o homem absurdo afirma a vida e recusa também tanto o suicídio físico quanto o suicídio filosófico, mantendo a tensão constante.

Abstract:

Ce travail consiste à faire une réflexion philosophique sur la question du suicide à partir de l'ouvrage Le Mythe de Sisyphe - essai sur l'absurde (1942) du philosophe franco-algérien Albert Camus (1913-1960). Partant de la question de la sensibilité, nous montrons que Camus diagnostique l'absurde comme une sorte de fracture entre l'homme et le monde et cherche les conséquences de cette évidence “sensible au cœur”. Avec la “logique absurde”, Camus nous apporte la réflexion philosophique qui consiste à refuser toutes les formes d'espérance en tricherie. C'est-à-dire qu'en refusant des subterfuges, l'homme absurde affirme la vie et refuse aussi bien le suicide physique que le suicide philosophique, en maintenant une tension constant.

ISSN: e-ISSN: 1984-9206

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/7201/6069

Palavras-Chave: Absurdo, ética, vida.

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