BNCC, ensino de filosofia e a perspectiva spinozana

V.18 N.2 (2021): Verão de 2021 • Kalagatos - Philosophical Journal

Autor: José Soares das Chagas; Divino Ribeiro Viana; Larissa Ribeiro de Santana

Resumo:

O escopo deste artigo é duplo. Primeiro, pretende apresentar um panorama histórico e contextual de implantação da nova Base Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Básico sobretudo no que diz respeito à Filosofia como componente curricular. Segundo, diante deste cenário de reforma da Educação Básica e da pedagogia oficial das competências e habilidades, objetiva propor uma Filosofia da educação inspirada em Spinoza que aponte e oriente uma pedagogia onde o acompanhamento didático do erro é o ponto de partida da prática docente. Para tanto, dividimos este artigo em duas partes: na primeira, desenhamos o mapa legal onde se insere o Ensino de Filosofia; na segunda, discutimos os princípios da teoria do conhecimento spinozano no sentido de uma construção e justificação de uma pedagogia do acompanhamento do erro. Com isso, entendemos que a formulação de uma pedagogia inspirada em Spinoza é uma (dentre muitas outras) resposta possível e plausível para às exigências da BNCC, já que a emenda do intelecto pode ser entendida como uma “transcompetência” e, portanto, servir de referência para todas as competências propostas.

Abstract:

The scope of this article is double. First, it intends to present a historical and contextual prospect of the implementation of the new Common Curriculum Base (BNCC) for basic education, especially concerning to philosophy as a curricular component. Second, to be face in this scenario of reform of basic education and official pedagogy of skills and abilities, it aims to propose a philosophy of education inspired by Spinoza to orient a pedagogy where the pedagogical monitoring of errors is the starting point of teaching practice. Therefore, we have divided this article into two parts: in the first, we draw the legal map where the teaching of philosophy is inserted; in the second, we discuss the principles of the Spinoza theory of knowledge in the sense of constructing and justifying a pedagogy of follow up to errors. Thus, we understand that the formulation of a Spinoza-inspired pedagogy is one (among many others) possible and plausible response to the demand of the BNCC, since the amendment of the understanding can be understood as a "transcompetence" and, therefore, serve as a reference for all proposed competences.

 

ISSN: e-ISSN: 1984-9206

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/7246/6221

Palavras-Chave: BNCC, Competências e Habilidades, Filosofia, Erro, Spinoza.

Kalagatos - Philosophical Journal

"kalagatos"

Kalagatos - Philosophical Journal - edited and maintained by the Master's Degree in Philosophy (CMAF) of the State University of Ceará (UECE), Brazil.e-ISSN: 1984-9206

A Kalagatos é uma revista científica, de conteúdo filosófico, editada e mantida pelo Curso de Mestrado Acadêmico em Filosofia – CMAF – da Universidade Estadual do Ceará. O objetivo principal da Kalagatos é criar um canal de divulgação de pesquisas filosóficas de alto nível, assim como estabelecer um intercâmbio entre pesquisadores de diversas instituições do mundo.

A Kalagatos recebe artigos originais, frutos de pesquisa filosófica, resenhas de livros publicados até dois anos anteriores à data de submissão e traduções de textos, com autorização escrita do autor ou do editor responsável.

Todas as submissões são gratuítas, não gerando nenhum custo ao autor.

O público principal da Kalagatos é de pesquisadores em Filosofia Geral. A política de acesso livro, no entanto, amplia o público para estudantes de diversas áreas interessados e curiosos.

A partir de 2017, a Kalagatos passa a ser publicada quadrimestralmente, nos meses de janeiro, maio e setembro, referentes, respectivamente, aos números de janeiro-abril, maio-agosto e setembro-dezembro. Assim, a periodicidade da Kalagatos é registrada da seguinte forma: a) cada volume corresponde a um ano de periodicidade ininterrupta. Cada Número corresponde, ordinalmente, à sequência de edições publicadas naquele ano.