São os Seres Humanos robôs humeanos?

V. 19 N. 2 (2022): Verão de 2022 • Kalagatos - Philosophical Journal

Autor: Ismail Fagundes; Mariana Rocha Bernardi

Resumo:

David Hume, o filósofo escocês, concebeu a razão como a escrava das paixões, o que implica que a razão humana tenha objetivos predeterminados que não possa questionar. Um elemento essencial de um algoritmo em execução em uma máquina computacional (ou máquina de computação lógica, como Alan Turing chamava) é que ele tem um propósito predeterminado: Um algoritmo não pode questionar seu propósito, porque assim ele deixaria de ser um algoritmo. Portanto, se a autodeterminação é essencial para a inteligência humana, então seres humanos não são nem seres Humeanos4F5, nem máquinas computacionais. Examinamos também algumas objeções ao teste de Turing como um modelo para entender a inteligência humana.

Abstract:

David Hume, the Scottish philosopher, conceives reason as the slave of the passions, which implies that human reason has predetermined objectives it cannot question. An essential element of an algorithm running on a computational machine (or Logical Computing Machine, as Alan Turing calls it) is its having a predetermined purpose: an algorithm cannot question its purpose, because it would cease to be an algorithm. Therefore, if self-determination is essential to human intelligence, then human beings are neither Humean beings, nor computational machines. We examine also some objections to the Turing Test as a model to understand human intelligence.

ISSN: 1984-9206

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/8434/6979

Palavras-Chave: Natureza humana, Livre-arbítrio, Autodeterminação, Algoritmo, Máquina computacional.

Kalagatos - Philosophical Journal

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Kalagatos - Philosophical Journal - edited and maintained by the Master's Degree in Philosophy (CMAF) of the State University of Ceará (UECE), Brazil.e-ISSN: 1984-9206

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