TRANSINDIVIDUALITY AND POST-LABOR BASED ON SIMONDON AND STIEGLER

Kriterion v. 60, n. 143 (2019) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: Jae-Hee Kim

Resumo:

O objetivo deste artigo é elucidar a base filosófica do paradigma pós-laboral por meio da cultura técnica-psiquica-coletiva transindividual de Gilbert Simondon e Bernard Stiegler. Simondon prediz que o problema da alienação laboral surgido da industrialização mecânica pode ser vencido mediante a expansão da cultura técnica pós-industrial baseada tanto na mentalidade técnica quanto na tecnologia da informação (TI). Em contraste, Stiegler afirma que, além das redes de informação, a hiper-industrialização se estabeleceu para além da pós-industrialização e que, para recuperar valores humanos em um império das máquinas sem carinho, é necessário o fortalecimento da capacidade de não automação baseada em automatismo. Entretanto, a cultura técnica além do trabalho de Simondon implica uma visão pós-humanista em que se presume a capacidade da tecnologia em mediar entre o pré-individual e o transindividual, que é antropocêntrico, e inaugura relações transdutivas entre humanos e não humanos. Defendo que a proposta urgente de Stiegler busca salvar a vida humana do controle de um sistema de tecno-capital, como a reinvenção do trabalho transcendendo o emprego deve ser concretizada dentro do projeto pós-humanista simondoniano.

Abstract:

This article aims to elucidate a philosophical foundation of a post-labor paradigm through the transindividual technical-psychic-collective culture based on Gilbert Simondon and Bernard Stiegler. Simondon predicts that the problem of the alienation of labor due to mechanical industrialization can be overcome through the spread of post-industrial technical culture based on both technical mentality and information technology (IT). In contrast, Stiegler claims that, along with information networks, hyper-industrialization rather than post-industrialization has arrived and that, in order to recover human values in a machine empire devoid of caring, the strengthening of the ability for non-automation based on automaticity is necessary. However, Simondon’s technical culture beyond labor implies a posthumanistic vision in that it assumes the capacity of technology to mediate between the preindividual and the transindividual beyond technical instrumentalism, which is anthropocentric, and opens up transductive relationships among humans and non-humans. I will argue that Stiegler’s urgent proposal that seeks to save human life from the control of a techno-capital system, such as the reinvention of work transcending employment, must be concretized within the Simondonian posthumanistic project.

DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2019n14305jhk

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/kr/a/gWzdyx6RKJRBWyMjzjtcPWk/?lang=en

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