WHY DO WE NEED THE NOTION OF WILL?

Kriterion, v. 61, n. 146 (2020) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: Rafael Graebin Vogelmann

Resumo:

É comumente sustentado que os fins visados por uma ação são especificados pelos pares atitude/crença à luz dos quais a ação parece atrativa para o agente. Eu argumento que a existência de casos de múltiplos incentivos (isto é, casos nos quais o agente tem mais de um incentivo para agir mas nos quais seu motivo corresponde a apenas um desses incentivos) mostra que essa tese é falsa. De maneira a dar conta desses casos devemos atribuir a agentes a capacidade de determinar ativamente os fins visados por suas ações. Refiro-me a essa capacidade como a “vontade” do agente. Agentes dotados de vontade são capazes não apenas de determinar seu próprio comportamento mas também seus motivos. Concluo que a existência de casos de incentivos múltiplos mostra que agentes têm essa capacidade.

Abstract:

It is commonly held that the goals at which an action aims are specified by the pro-attitude/belief pairs in light of which the action seems appealing to the agent. I argue that the existence of multiple-incentives cases (i.e., cases in which the agent has more than one incentive to act but in which her motive corresponds to only one of these incentives) shows this thesis to be false. In order to account for such cases we have to ascribe to agents the capacity to actively determine the goals at which their actions aim. I refer to this capacity as the agent’s “will”. Agents endowed with a will are capable not only of determining their own behavior but also their motives. I conclude that the existence of multiple-incentives cases shows that agents have this capacity.

ISSN: 1981-5336

DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2020n14612rgv

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/kr/a/s3MWxPytXQNDxskqbyJYT8x/?lang=en

Palavras-Chave: Vontade; fins; motivos; desejos; incentivos

Kriterion: Revista de Filosofia

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