O PROBLEMA TEÓRICO-FILOSÓFICO DA CRISE CAPITALISTA: O DEBATE DE GUY DEBORD COM E. BERNSTEIN E R. LUXEMBURGO

Kriterion, v. 63, n. 153 (2022) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: João Emiliano Fortaleza de Aquino

Resumo:

Este artigo trata do fundamento econômico da teoria crítica apresentada por Guy Debord em “A sociedade do espetáculo” (1967). Nesse ponto, a tese fundamental dessa teoria é que o capitalismo avançado teria dominado as tendências à crise pela atuação estatal. Essa atuação não expressaria a autonomia da política sobre a economia, mas, antes, o movimento autônomo da economia fetichista atuando conscientemente no Estado. Acompanhando Debord, o artigo tenta mostrar como essa concepção teórica retoma os termos filosóficos do debate de Rosa Luxemburgo e Eduard Bernstein sobre a crise capitalista, no início do século XX, posicionando-se de uma maneira muito própria diante dessa questão.

Abstract:

This article deals with the economic foundation of the critical theory presented by Guy Debord in “The society of the spectacle” (1967). At this point, the fundamental thesis of this theory is that advanced capitalism would have dominated the crisis tendencies through State action. This action would not express the autonomy of politics over the economy, but rather the autonomous movement of the fetishist economy acting consciously in the State. Following Debord, the article tries to show how this theoretical conception retakes the philosophical terms of Rosa Luxemburg and Eduard Bernstein’s debate on the capitalist crisis, in the beginning of the 20th century, positioning itself in regard to this issue in a very unique way.

ISSN: 1981-5336

DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2022n15301jefa

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/kr/a/HtWgQR4KkL9cDhxNxwFrP5x/?lang=pt

Palavras-Chave: Sociedade do espetáculo; Crise capitalista; Contratendências; Guy Debord

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