A POTÊNCIA DA AÇÃO. UMA CRÍTICA AO NATURALISMO DA VIOLÊNCIA

Kriterion, v. 55, n. 129 (2014) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: Castor M.M. Bartolomé Ruiz

Resumo:

A tendência de algumas visões naturalistas de deduzir o sentido da ação humana da sua natureza biológica conduz a naturalizar a violência como fenômeno político inexorável. A violência naturalizada leva a sociedade para a dinâmica da inexorável violência, cuja única solução é a legitimação de uma violência total. Propomos, neste ensaio, a desconstrução crítica dos determinismos naturalistas por meio da análise da ação humana e da especificidade de sua potência que se manifesta como potência criadora (Cornelius Castoriadis) e potência do não (Giorgio Agamben). A potência da ação humana transcende os determinismos da sua natureza biológica, embora por eles esteja condicionada.

Abstract:

The tendency some naturalist visions have to deduce the meaning of human action from their biological nature, leads to a naturalization of violence as an inexorable political phenomenon. Naturalized violence leads the society towards the dynamics of inexorable violence, whose only solution is legitimazing total violence. In this article we propose the critical deconstruction of naturalistic determinism by means of the analysis of human action and the specificity of its power, which is manifested as creative power (Cornelius Castoriadis) and power of no (Giorgio Agamben). The power of human action transcends the biological determinisms of its biologic nature, although the power of human action is conditioned by them.

Texto Completo: http://www.scielo.br/pdf/kr/v55n129/03.pdf

Palavras-Chave: Violência,determinismo naturalista,potência d

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