VOLUNTARISMO E COGNITIVISMO: A CRÍTICA DE MICHAEL SANDEL AO CONTRATUALISMO DE RAWLS

Kriterion, v. 58, n. 136 (2017) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: Rafael Rodrigues Pereira

Resumo:

O objetivo deste artigo é o de ilustrar a oposição dos comunitaristas ao contratualismo, a partir da análise de um caso específico: a crítica de Michael Sandel ao voluntarismo contido na teoria de Rawls. Sandel chama de “voluntarismo” a tese pela qual princípios políticos e morais se legitimam a partir de um exercício da vontade individual, sob a forma da “escolha” ou do “consentimento”. Esta tese, como procuraremos argumentar, está na base do contratualismo moderno, embora somente em Rawls ela atinja sua formulação mais perfeita. Sandel propõe como alternativa ao voluntarismo o que ele chama de “cognitivismo”, inspirado na visão de mundo dos antigos. Segundo o cognitivismo, os princípios políticos e morais são derivados de fins ou “bens” que são mais descobertos do que propriamente escolhidos.

Abstract:

The aim of this paper is to illustrate the opposition between communitarianism and contratualism, from the analysis of a specific case: Michael Sandel’s criticism of voluntarism in the theory of Rawls. For Sandel “voluntarism” is the thesis according to which political and moral principles are legitimate from an exercise of individual will, such as “choice” or “consent”. We shall argue that this thesis is the grounding basis of modern contractualism, although only with Rawls it reaches its purest form. Sandel suggests as an alternative to voluntarism what he calls “cognitivism”, inspired in the ancient understanding of the world. According to cognitivism, the legitimation of political and moral principles streams from ends or “goods” which are discovered rather than chosen.

Texto Completo: http://www.scielo.br/pdf/kr/v58n136/0100-512X-kr-58-136-0185.pdf

Palavras-Chave: Comunitarismo,Contratualismo,Voluntarismo,Cog

Kriterion: Revista de Filosofia

A revista Kriterion, publicação do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, é a mais antiga do Brasil. Foi fundada em 28 de junho de 1947 e tem a missão de publicar pesquisa original e de alta qualidade em filosofia.

A Revista está indexada, atualmente, em vários importantes catálogos internacionais, como o Philosopher´s Index (EUA), MLA International Bibliography (EUA), Bibliographie de la Philosophie (Louvain, Bélgica), EBSCO (Massachusetts, EUA), SciELO (América Latina), e nacionais, como o CCN/IBICT e o Pergamum. Publica, atualmente, três números por ano. Conceito QUALIS/CAPES periódicos: A1.