Uno sguardo sulla questione della temporalità

v. 4 , n. 2 (2019) • Perspectivas - Revista de Filosofia

Autor: Antonio Frank Jardilino Maciel

Resumo:

No contexto científico a plasticidade e a epigênese tornaram-se dois dos conceitos mais significativos do nosso tempo. O primeiro, deslocado de seu contexto original, que é a estética, continua a revelar o seu potencial filosófico, científico e epistemológico. No pensamento de Catherine Malabou, a plasticidade passou por uma verdadeira metamorfose conceitual – da plasticidade da temporalidade à plasticidade cerebral –, o qual se refere à capacidade de receber e dar forma.  Ao mesmo tempo, o “explosivo plástico” é uma substância que causa deflagrações violentas. No primeiro caso, a plasticidade tem um valor positivo, concebida como uma espécie de obra “escultórica” biológica. A plasticidade estrutura a identidade, constitui a sua história, a sua temporalidade e o devir de uma subjetividade viva. No segundo caso, a plasticidade é uma pura negação. Ninguém imaginaria o conceito “plasticidade cerebral” como o trabalho radical do negativo em ação nas lesões cerebrais, mas deformação ou ruptura de conexões neuronais, nos distúrbios mentais, na estruturação que ocorre nos seres vivos, nos vários traumas, nas catástrofes naturais e políticas, nas doenças neurodegenerativas. Em sua evolução teórica, a plasticidade será articulada em estreita relação com o desenvolvimento neuronal. A neuroplasticidade, como conceito científico, permite estabelecer uma ancoragem biológica à questão da formação e da desconstrução da subjetividade e da temporalidade. Nesse sentido, a plasticidade não é o simples reflexo do mundo, mas é o resultado de uma instância biológica conflitante que revela a forma de outro mundo possível. Por um certo lado, o desenvolvimento de um pensamento dialético no campo neuronal, concebido como um desenvolvimento neuroplástico, nos permite sair da estreita alternativa entre reducionismo e anti-reducionismo, o qual sempre representou o limite teórico da filosofia ocidental nos últimos anos. Do outro lado, é possível conceber o caráter transcendental do pensamento totalmente ligado à sua materialidade. A noção de epigênese, nesse caso, afirma-se como uma “nova forma de transcendental”. Como figura biológica, a epigênese se apresenta como a condição de possibilidade do conhecimento e da racionalidade, revelando assim sua característica a priori. Por meio das noções de plasticidade e epigênese, a temporalidade pode ser investigada em estreita conexão com a vida, com o desenvolvimento orgânico do ser vivo, além de nos permitir uma nova visão da subjetividade.

Abstract:

Nel contesto scientifico la plasticità e l’epigenesi sono divenuti due dei concetti più pregnanti del nostro tempo. Il primo, dislocato dal suo ambito originario, cioè l’estetica, continua a rivelare il suo potenziale filosofico, scientifico ed epistemologico. Nel pensiero  di  Catherine  Malabou, la plasticità ha  subito  una  vera  e  propria  metamorfosi concettuale – dalla  plasticità  della  temporalità  alla  plasticità  cerebrale – ,  riferendosi  al la capacità  di  ricevere  e  dare uma forma. Allo stesso tempo, la “bomba al plastico” è una sostanza che provoca violentissime deflagrazioni. Nel primo caso, la plasticità ha una valenza positiva, venendo concepita come una sorta di lavoro “scultoreo” in senso biologico. La plasticità struttura l’identità, costituisce la sua storia, la temporalità e l’avvenire di una soggettività vivente. Nel secondo, la plasticità è una pura negazione. Nessuno pensa  alla “plasticità cerebrale” come il lavoro radicale del negativo all’opera nelle lesioni cerebrali, nella deformazione o nella rottura delle  connessioni neuronali, nelle sofferenze psichiche, nelle  strutturazioni  che  avvengono  nel  vivente,  nei  traumi  vari,  nelle catastrofi naturali e politiche, nelle malattie neurodegenerative. Nella sua evoluzione teorica la plasticità verrà articolata in stretta relazione con lo sviluppo neuronale. La neuroplasticità, come concetto scientifico, ci consente di stabilire un ancoraggio biologico alla questione della formazione e decostruzione della soggettività e della temporalità. In questo senso, la plasticità non è il semplice riflesso del mondo, ma è frutto di un’istanza  biologica  conflittuale  che  rivela  la forma di un altro mondo possibile. Da un lato, l’elaborazione di un pensiero dialettico in ambito neuronale, inteso come sviluppo neuroplastico,  ci  permette  di  uscire  dalla stretta alternativa  tra  riduzionismo e antiriduzionismo, la quale è sempre  rappresentato  il  limite teorico  della  filosofia  occidentale  degli  ultimi anni. Dall'altro, è possibile assumere il carattere trascendentale del pensiero totalmente connessa alla sua materialità. La nozione di epigenesi, in questo caso, si afferma come uma “nuova forma di trascendentale”. Come figura biologica  l’epigenesi  si  pone come  condizione  di  possibilità  della  conoscenza e della razionalità  rivelando,  pertanto,  la sua caratteristica a priori. Per mezzo  delle  nozioni  di plasticità ed epigenesi il tempo può essere indagato in stretta connessione con la vita, con lo sviluppo organico del vivente, oltre che a permetterci una nuova visione della soggettività.

ISSN: 2448-2390

Texto Completo: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/perspectivas/article/view/8030/16560

Palavras-Chave: Plasticidade. Plasticidade destrutiva. Neuroplasticidade. Neurociências. Epigênese.

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