A affectio em Anselmo de Aosta

v. 7, n. 1 (2022) Dossiê Filosofia Medieval • Perspectivas - Revista de Filosofia

Autor: Paul Gilbert

Resumo:

Pensar na graça de Deus e na liberdade do homem, ao mesmo tempo, tem sido sempre essencial, embora difícil para a reflexão cristã. Anselmo considerou com frequência essa dificuldade, que é semelhante à que nasce do uso da sola ratio numa numa postura de oração. Na sua obra De Concordia, terceira parte, cap. 11, o Doutor Magnífico constrói uma representação da vontade que assume as exigências máximas da reflexão cristã. Este capítulo distingue três aspectos na vontade: instumentum, aptitudo e usus; a aptitudo é chamada de affectio. No seu De libero arbitrio, Anselmo distinguia, em vez, o instrumento e o uso, sem considerar a affectio. Com um atenção especial à fenomenologia contemporânea, o presente artigo destaca tanto por que o tema da affectio deve ser introduzido quanto o signifcado desta introdução tardia na obra de Anselmo.

Abstract:

Thinking about God’s grace and man’s freedom at the same time has always been essential, though difficult for Christian reflection. Anselm often considered this difficulty, which is similar to that arising from the use of sola ratio in a prayer posture. In his work De Concordia, third part, ch. 11, Anselm constructs a representation of the will that takes on the maximum demands of Christian reflection. This chapter distinguishes three aspects in the will: instumentum, aptitudo, and usus; the aptitudo is called affectio. In his De libero arbitrio, Anselm distinguished instead between the instrument and the use, without considering the affectio. With special attention to contemporary phenomenology, this paper highlights both why the theme of affectio should be introduced and the significance of this late introduction in Anselm’s work.

ISSN: 2448-2390

DOI: https://doi.org/10.20873/rpv7n1-26

Texto Completo: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/perspectivas/article/view/14407/20299

Palavras-Chave: Vontade. Habitus. Affectio. Anselmo de Aosta.

Perspectivas - Revista de Filosofia

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