Architectura, Utilitas, Venustas: Vitruvianismo e Pós-Vitruvianismo em Immanuel Kant e August Schlegel

vol. 25, n. 2 (2020) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

Autor: Gabriel Almeida Assumpção

Resumo:

A finalidade explícita na arquitetura e ênfase na utilidade, no aspecto de uma aplicação prática, intrigou filósofos alemães como Immanuel Kant e August Schlegel. O entrelaçamento entre beleza e finalidade na arquitetura fora notado cedo por Marco Vitrúvio Polião (81 a.C.-15d d.C.), que aponta utilidade, solidez e beleza como características fundamentais da obra arquitetônica. Segundo Guyer (2011), a partir de Kant, o pensamento filosófico sobre a arquitetura começa a apresentar um distanciamento em relação a Vitrúvio, de modo que, mesmo sem total renúncia à tríade vitruviana no pensamento de Kant, este defende ser a característica principal da arquitetura representar ideias estéticas. A tese de Guyer aponta o desenvolvimento desse ponto de Kant em Schelling, Hegel e Schopenhauer, todavia com uma lacuna: August Schlegel (1767-1845), fundador do primeiro sistema de belas artes com sua Kunstlehre (1801-1804). Buscaremos aprofundar como a tese de Guyer não só é válida, mas ganha mais solidez no caso de August Schlegel e do papel que este confere à imaginação na arquitetura. Após a indicação de elementos vitruvianos e pós-vitruvianos em Kant e Schlegel, indicaremos as divergências entre ambos na apreciação da arquitetura, a partir de suas articulações entre arquitetura e finalidade.

ISSN: 1414-2236

DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v25i2.64782

Texto Completo: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/64782

Palavras-Chave: Arquitetura; August Schlegel; Kant; Utilidade; Vitrúvio.

Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

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