DE APÁTÊ A PSEÛDÊS. OU: DE COMO MÊTIS TORNA-SE UM PROBLEMA À FILOSOFIA MORAL

vol. 20, n. 2 (2015) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

Autor: Gustavo Bezerra do Nascimento Costa

Resumo:

Discutimos neste artigo a questão acerca de como as práticas de engano vêm a se tornar um problema à filosofia moral e de como poderiam ser pensadas para além do crivo dessa condenação. Como procuramos defender, uma resposta a esta pergunta remeteria ao pensamento grego, particularmente ao pensamento platônico nos diálogos: Hípias menor e A república, tendo como horizonte o problema da desambiguação da Alêtheia e a exclusão, pelo pensamento filosófico, das formas de inteligência astuciosa que os gregos atribuíam à deusa Mêtis. Por outro lado, implicaria também uma distinção de perspectivas inerente ao que chamamos de engano, que põe em lados opostos o enganador e o enganado, a partir do reconhecimento ou não do engano. Sob esse viés, defendemos que, para os gregos, o problema não estaria no engano propriamente dito – embora o pensamento platônico aponte para isto – mas no ser enganado, e principalmente, autoenganado.

ISSN: 1982-2928

DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v20i2.35964

Texto Completo: https://www.revistas.ufg.br/philosophos/article/view/35964/20504

Palavras-Chave: verdade; engano; autoengano; mêtis; apátê.

Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

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