COMPOSICIONALISMO SEMÂNTICO, PREDICAÇÃO E O AUTOMORFISMO DE QUINE

vol. 10, n. 2 (2005) Filosofia da Linguagem • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

Autor: André Porto

Resumo:

Este artigo oferece uma nova reconstrução para os argumentos do famoso segundo capítulo de Word and Object de Quine e sua idéia da Tradução Radical. De acordo com essa abordagem, o maior alvo de Quine é a noção de composicionalidade como sendo o elemento fundamental para qualquer teoria do significado. Em poucas palavras, não poderia haver nenhuma “teoria do significado”, para Quine, simplesmente porque a noção de composicionalidade deveria ser rejeitada como a concepção central da semântica. Além disso, tomamos o cuidado de diferenciar argumentos empíricos de argumentos a priori de natureza modal. Esses últimos constituem-se no que propomos chamar de Teorema do Automorfismo de Quine, a idéia de que há maneiras alternativas de se reconstruir a estrutura gramatical de qualquer língua incluindo predicação e que poderiam manter invariantes todas as nossas predisposições para comportamento verbal sob quaisquer estados de coisas, atuais ou meramente possíveis. Em nosso entender, é esse teorema que determina fundamentalmente a rejeição da composicionalidade por Quine e, assim, de todas as teorias do significado.

ISSN: 1982-2928

DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v10i2.3258

Texto Completo: https://www.revistas.ufg.br/philosophos/article/view/3258/3234

Palavras-Chave: composicionalismo,Quine,predicação,tradução r

Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

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