PARRHESÍA: PRÁTICA COTIDIANA DO DIZER A VERDADE SOBRE SI MESMO EM UM MOVIMENTO HISTÓRICO À CONTEMPORANEIDADE

V. 14 N. 24 (2021): Jul./Dez 2021 • Polymatheia - Revista de Filosofia

Autor: Miriam Barreto de Almeida Passos

Resumo:

Este artigo reflete sobre o tema da prática cotidiana do dizer a verdade sobre si, tendo como base o trabalho de Paul Michel Foucault e Zygmunt Bauman. A análise trata sobre a parrhesía em um movimento histórico à complexidade (século XXI), constituindo-se como imprescindível essa premissa. A ideia abordada tem como problemática o dizer de cada um a partir das tecnologias. Embora a parrhesía seja um tema do passado histórico filosófico, contemplando o privilégio do cidadão bem-nascido, aparecendo pela primeira vez em Eurípedes (484-407 a.C.), mostra-se como um vocábulo a ser pensado na contemporaneidade por presumir a veridicção (em que toda forma de vida é constituída por verdades e práticas), “o falante torna manifestamente claro e óbvio que o que ele diz é a sua própria opinião”, marcando no passado um sobrevoo para a construção do sujeito contemporâneo, “[...]um sobrevoo muito esquemático sob a forma de um movimento que arranca o sujeito de seu status e de sua condição” passada para a atual. Neste sentido, a parrhesía é o foco de apreciação e ponderações.

Abstract:

This production reflects on the theme of everyday practice of telling the truth about oneself, based on the work of Paul Michel Foucault and Zygmunt Bauman. The analysis deals with parrhesia in a historical movement to complexity (21st century), constituting this premise as essential. The idea has as a problem the saying of each one from the technologies. Although parrhesia is a theme of the philosophical historical past, contemplating the privilege of the well-born citizen, appearing for the first time in Eurípedes (484-407 a. C.), it is shown as a word to be thought of in contemporary times by assuming veridiction (in that every form of life is constituted by truths and practices), “the speaker makes it manifestly clear and obvious that what he says is hisown opinion”, marking in the past a flyby for the construction of the contemporary subject, “[... ] a very schematic overflight in the form of a movement that takes the subject out of his status and condition” passed on to the present. In this sense, parrhesia is the focus of appreciation and consideration.

ISSN: 1984-9575

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/6575

Palavras-Chave: Parrhesía. Sujeito. Verdade. Genealogia. Contemporaneidade.

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