A RACIONALIDADE DO REAL EM HEGEL: CONTINGÊNCIA OU EFETIVIDADE? UMA BREVE ANÁLISE DO PREFÁCIO DA FILOSOFIA DO DIREITO

V. 13 N. 22 (2020): Jan./Jun 2020 • Polymatheia - Revista de Filosofia

Autor: Francisco Ádila Ferreira de Almeida

Resumo:

O curso das ideias políticas na história da humanidade nos leva – inevitavelmente – a buscar nessas ideias a compreensão sobre a realidade estabelecida. Alguns autores se destacaram na construção dessas ideias, Georg Wilhelm Friedrich Hegel é um deles. Trataremos de analisar de forma crítica, e fomentar debate, sobre sua máxima de que “O que é real é racional e o racional é real”. Buscaremos entender o que fez Hegel classificar como racional o que é real a partir da realidade da própria razão. Buscaremos entender se essa racionalidade do real está sendo apresentada como um real efetivo ou como um real em contingência, visto que muitos dos acontecimentos históricos não demonstram ser ideais, ou seja, se forem apresentados como racionais em efetividade essa razão não ideal passa a ser uma não-razão, o que colocaria Hegel como um defensor do status quo. Já uma interpretação do real como contingência demonstraria que a racionalidade citada seria dialética, visto que alguns dos problemas históricos são resolvidos por meio de sua negação racional, o que demonstraria certa racionalidade, mesmo que problemas mais graves persistam.

Abstract:

The course of political ideas in the history of mankind leads us -inevitably -to seek in these ideas the understanding of the established reality. Some authors stood out in the construction of these ideas, Georg Wilhelm Friedrich Hegel is one of them. We will try to critically analyze, and encourage debate, about its maxim that “what is real is rational and the rational is real”. We will try to understand what made Hegel classify what is real as rational based on the reality of reason itself. We will try to understand whether this rationality of the real is being presented as an effective real or as a contingent real, since many of the historical events do not prove to be ideal, that is, if they are presented as rational in effectiveness, this non-ideal reason becomes an non-reason, which would place Hegel as an advocate for the status quo. An interpretation of the real as a contingency, on the other hand, would demonstrate that the aforementioned rationality would be dialectical, since some of the historical problems are resolved through its rational negation, which would demonstrate a certain rationality, even if more serious problems persist.

ISSN: 1984-9575

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/5722

Palavras-Chave: Racionalidade. Realidades. Contingencia. Efetividade.

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