Aborda as influências do pensamento de Søren Kierkegaard na primeira fase de Ludwig Wittgenstein (Tractatus Logico-Philosophicus). Objetiva, de modo mais amplo, identificar os elementos anti-metafísicos kierkegaardianos que possibilitam a abordagem dada ao “Novo Wittgenstein”. Especificamente, objetiva dar ênfase à leitura resoluta do “Novo Wittgenstein”, possibilitando interpretações direcionadas aos aforismas em detrimento de leituras sistemáticas do Tractatus. Metodologicamente recorre a um paralelo elucidativo da influência de Kierkegaard segundo a alegoria das escadas do pensamento, solidificando critérios anti-metafísicos da leitura resoluta. Resulta numa interpretação mais bem apropriada do texto de Wittgenstein em respeito ao seu caráter antissistemático e terapêutico. Conclui que as influências de Kierkegaard superam o entendimento que elas eram apenas inspiração por parte de Wittgenstein, aparentando, por vezes, ser uma remodelagem do pensamento do primeiro autor.