O HÁBITO COMO EXERCÍCIO FILOSÓFICO EM EPICTETO
v. 11, n. 27 Dossiê Epicteto • Prometeus: journal of philosophy
Autor: Diogo da Luz
Resumo:
O hábito para os estoicos deve ser entendido de modo diferente da maneira descrita por Platão ou Aristóteles. Dado que, para estes, a formação do caráter é considerada a partir de uma psicologia que aborda a alma por meio de partes distintas, tal interpretação os levou a descrever o hábito como um elemento fundamental para a educação da parte irracional da alma, enquanto a parte racional é educada por meio da razão. Para os estoicos, no entanto, o hábito se faz importante para a alma como todo, sem distinção entre racional e irracional. Seguindo essa perspectiva, Epicteto não trata da habituação de qualquer elemento irracional. Quando o filósofo fala em “habituar-se” a determinadas ações, ele não se refere a uma atividade de repetição que condiciona aspectos distintamente irracionais, mas, ao contrário, refere-se a uma atividade autonomamente filosófica, que envolve a razão, com atenção especial ao cuidado com as representações.
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Prometeus: journal of philosophy
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