MARCUSE E OS LIMITES DA SUA UTOPIA

V. 23, N. 33 (2011) • Revista de Filosofia Aurora

Autor: Sergio Augusto Franco Fernandes

Resumo:

Marcuse direciona a Freud uma crítica que diz respeito ao estatuto atribuído pela metapsicologia ao “princípio de realidade”. Verificaremos, portanto, a consistência de alguns dos seus argumentos e a ideia de um “poder-ser” implícito na sociedade moderna, de cuja ignorância, segundo o próprio Marcuse, teria nascido o pessimismo freudiano. Isso feito, buscaremos nos comentários de Alasdair MacIntyre elementos que colocam em “xeque” a utopia marcuseana, delimitando-a e impossibilitando-a de realizar-se, ao menos do ponto de vista de uma coerência discursiva. Para MacIntyre, a ideia de uma sexualidade não reprimida ou até mesmo autossublimada e liberta não faz sentido até que se responda a seguinte pergunta: O que é que realmente faremos num estado de sexualidade libertada? Para o crítico em questão, a ideia da sexualidade contemporânea estar constrangida pelas limitações de uma cultura sexual genital-monogâmica não faz sentido, até que se possa estabelecer efetivamente algum contraste com algo que seja possível realizar e que ainda não foi realizado. Entretanto, a crítica de qualquer utopia não deveria jamais desembocar na crítica do espírito utópico.

DOI: http://dx.doi.org/10.7213/rfa.v23i33.1519

Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/1519

Revista de Filosofia Aurora

A Revista de Filosofia: Aurora (Qualis A2) é uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Vem divulgando, desde 1988, resultados de pesquisas com o intuito de colaborar com a formação e atuação de filósofos e demais profissionais das áreas afins. A Revista de Filosofia Aurora (Journal of Philosophy Aurora) publica artigos científicos, resenhas e entrevistas adotando o processo de revisão (peer review) entre os membros do Conselho Editorial e da comunidade científica especializada, em sistema duplo de revisão anônima (blind review), ou seja, tanto os nomes dos pareceristas quanto os dos autores permanecerão em sigilo.

O título abreviado da revista é Rev. Filos. Aurora e deve ser utilizado em bibliografias, referências, notas de rodapé e legendas bibliográficas.