O viés político da tese de Arendt sobre Agostinho
v. 2 n. 2 (2014) • Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
Autor: Rodrigo Ponce Santos
Resumo:
A tese de Arendt sobre Agostinho (Der Liebesbegriff bei Augustin / O Conceito de Amor em Agostinho), apresentada em 1929 e revisada pela autora entre os anos cinquenta e sessenta, é geralmente tomada como obra de juventude e preterida por seus leitores e comentadores. Na contramão dessa tendência, este artigo sugere que possamos encontrar nesses escritos o despontar de temas que serão deslocados pela autora em seus posteriores esforços para iluminar a experiência política. Trata-se então de tecer um comentário geral sobre a tese, indicando possíveis aproximações com os textos da maturidade, sobretudo no que diz respeito a três temas: a revelação de um ser singular através da ação; o papel da memória e da narração na constituição de nossa existência; e a confiança como única garantia de nossos acordos e promessas.
ISSN: 2317-957
Texto Completo: http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12481
Palavras-Chave: Agostinho,Ação, Memória,Confiança,Arendt
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
A Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea caracteriza-se como um periódico digital, idealizado por um grupo de professores do Departamento de Filosofia da UnB (Universidade de Brasília), cujos interesses de pesquisa convergem para a interpretação e o debate dos pressupostos e dos desdobramentos históricos da tradição filosófica iniciada por volta do século XVII, centrada na discussão das faculdades do sujeito, dos modelos de organização política e social, dos valores e normas de conduta, assim como da natureza do belo e dos fundamentos da arte.
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